A questão dos direitos dos animais será por ventura uma das mais fraturantes do nosso tempo. A tauromaquia em particular, gera mais discussão, uma vez que a utilização dos animais não se prende com a alimentação da população, mas sim com o seu entretenimento.
São as populações destes países mais retrógradas, em termos civilizacionais? Ou deve ser respeitada a história, a singularidade e tradição de cada povo? São estes espetáculos assim tão diferentes daqueles que se praticavam na Roma antiga? Pode a cultura ser utilizada como desculpa para maltratar animais? São algumas das questões que aqui lançamos.
Existem argumentos de um lado e do outro da barricada: os amantes das touradas dizem que sem elas a raça do touro bravo não existiria. Defendem que amam o touro, apesar de precipitarem a sua morte numa arena. Alguns defendem ainda que devido aos altos níveis de adrenalina, o touro não sofre enquanto é picado sucessivas vezes.
Os anti-taurinos, por sua vez, acusam este de ser um espetáculo bárbaro, do passado e que deve ser extinto. Defendem que o touro não escolhe estar ali e que sofre em cada etapa. Acusam os toureiros de o ser apenas por dinheiro e de buscarem a glória à custa do sofrimento de um ser vivo.